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quarta-feira, 16 de março de 2011

CONFESSO...

Que bom que foi o almoço de Penacova!
Mas...
Como sempre acontece, depois de um fim de semana em Coimbra e do reencontro de tantos amigos, do convívio às refeições e no Samambaia, do desfiar de recordações da juventude à medida que, em pequenos grupos, vamos passeando pelas ruas do Bairro, chega a hora do meu inevitável regresso à Ericeira.
Pelo caminho, vou escutando música suave, olho os farolins vermelhos dos carros que seguem à minha frente na auto estrada, mas o pensamento ainda está em Coimbra e revive os bons momentos ali passados durante os dois dias anteriores.
No domingo, sentado confortavelmente ao volante, via a chuva miudinha a bater no vidro. O cadenciado oscilar dos limpa pára-brisas embalava-me, entorpecia-me, provocava-me um sono que tentava vencer fumando mais um cigarro.
Tinha pressa de chegar à Ericeira, de tomar um banho, de descansar.
A pouco e pouco, as imagens de Coimbra iam-se esbatendo, substituídas pela ânsia de chegar.
Sabia que, dentro de casa, ela me esperava, que me iria receber de braços abertos, acolhendo-me depois de dois dias de separação.
Como a desejava!
Por mais que tentasse pensar noutras coisas, a obsessão de a rever, de a ter para mim, de sentir o seu calor, aumentava, absorvia-me, numa antecipação da doce intimidade que desfrutaria junto a ela.
Vivemos juntos há mais de cinco anos, é ela que me faz feliz, que me retempera as forças quando entro em casa depois de cada esgotante dia trabalho, fundindo-nos ambos num só ser indistinguível.
Já me imaginava à chegada, a ir tomar um banho quente, relaxante e depois, a aconchegar-me na maciez dos seus braços, a acariciá-la, a estimular-me com o seu cheiro e a sentir o seu corpo aveludado colado ao meu.
Adoro aquela poltrona em que me acomodo a ver televisão ou a ler um livro!  
Confesso...

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