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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

ÂNSIA NA MADRUGADA

Na escuridão do meu quarto, acordei com os seus sussurros nos meus ouvidos, com a leveza do seu toque no meu corpo nu, primeiro no pescoço, depois no peito, na barriga.
Desceu e tocou-me com uma impressionante suavidade nas coxas, subindo devagar. De vez em quando a dor aguda e doce das suas mordidelas, fazia-me estremecer, para logo acalmar com a continuação da sua passagem pela pele, com o seu sussurrar...
Adivinhava-lhe a ganância que me ia esvaziando, enquanto me chupava, sôfrega.
Em vão tentava agarrá-la, pegar-lhe, pagar-lhe na mesma moeda. Era esquiva...
Ansioso, acendi a luz, mas não a consegui agarrar, como eu era meu desejo. Esgueirava-se-me por entre os dedos. Parecia rir-se de mim...
Logo que voltei a apagar a luz, retomou o que tinha andado a fazer comigo, insaciável.
Acabei por adormecer, exausto.
Quando acordei de manhã, o lençol estava pontilhado de manchas de sangue. E ela ali, nua, relaxada, saciada, inchada...

Com uma palmada, consegui finalmente esmagar o estupor da melga!

Rui Felicio

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